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Religião e política: A luta contra a intolerância no cenário público

  • Foto do escritor: Mariana Menezes
    Mariana Menezes
  • 30 de nov. de 2024
  • 1 min de leitura

A relação entre religião e política no Brasil é complexa e, muitas vezes, controversa. Enquanto a Constituição garante a liberdade religiosa e o Estado laico, a prática nem sempre reflete esses princípios. Nos últimos anos, líderes religiosos e movimentos sociais têm desempenhado um papel fundamental na luta contra a intolerância religiosa, pressionando o poder público a adotar políticas mais efetivas de proteção às religiões afro-brasileiras.


Em 2024, um avanço importante foi a aprovação da Lei nº 14.670, que estabelece o Dia Nacional de Combate à Intolerância Religiosa como um feriado oficial em todo o território brasileiro. A iniciativa, proposta por parlamentares da bancada negra, busca aumentar a conscientização sobre o tema e promover o diálogo inter-religioso.


Apesar disso, ainda há resistência em várias esferas. Alguns políticos usam discursos religiosos como ferramenta para angariar votos, frequentemente atacando as religiões de matriz africana em busca de apoio de segmentos evangélicos mais conservadores. Esse tipo de retórica não apenas contraria os princípios do Estado laico, mas também alimenta a intolerância religiosa.


Por outro lado, movimentos sociais como a Frente Nacional Makota Valdina têm atuado para fortalecer a representatividade de lideranças de religiões afro-brasileiras na política. Em 2024, a organização lançou uma campanha intitulada “Axé na Política”, incentivando praticantes dessas religiões a se candidatarem a cargos públicos e a defenderem pautas ligadas à diversidade religiosa.


A luta contra a intolerância religiosa é, acima de tudo, uma luta por cidadania. Garantir o direito de cada pessoa praticar sua fé, sem medo ou repressão, é um passo essencial para a construção de um Brasil mais democrático e igualitário.

 
 
 

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