A importância da educação religiosa para combater a intolerância
- Mariana Menezes
- 22 de ago. de 2024
- 1 min de leitura
A educação é uma das ferramentas mais poderosas para transformar mentalidades e combater preconceitos. No Brasil, onde a intolerância religiosa atinge especialmente as religiões de matriz africana, é urgente que as escolas assumam um papel ativo na promoção da diversidade religiosa e cultural.
A Base Nacional Comum Curricular (BNCC) prevê o ensino da história e da cultura afro-brasileira e indígena, mas a implementação dessa diretriz ainda é desigual. Em muitas escolas, o tema é tratado superficialmente ou ignorado, perpetuando estereótipos e invisibilizando religiões como o Candomblé e a Umbanda.
Um exemplo positivo vem do Colégio Estadual Luiza Mahin, em Salvador (BA), que desenvolve projetos pedagógicos que valorizam as religiões afro-brasileiras. Em 2023, a escola promoveu uma feira cultural em que os alunos apresentaram a história do Candomblé e sua influência na música, na culinária e na língua portuguesa. O evento contou com a participação de pais, professores e membros da comunidade, mostrando que a educação inclusiva beneficia a todos.
Investir na formação de professores também é essencial. Cursos de capacitação que abordem a pluralidade religiosa e o respeito à diversidade podem preparar os educadores para lidar com o tema em sala de aula, desconstruindo preconceitos e promovendo uma convivência mais harmoniosa entre os estudantes.
Se queremos um Brasil livre de intolerância religiosa, precisamos começar pela sala de aula. Afinal, é nas escolas que as novas gerações aprendem a valorizar as diferenças e a construir uma sociedade mais justa e respeitosa.
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